domingo, 5 de dezembro de 2010

Os vírus agora na palma de sua mão

Smartphones são o novo foco dos ataques de pragas virtuais. Saiba como acontecem as infecções



Ao que tudo indica, 2011 marcará o começo de uma nova dor de cabeça para os aficionados por tecnologia. Depois de atingir computadores do mundo inteiro, agora os crackers estão buscando novos alvos para seus ataques: os dispositivos portáteis. Empresas especializadas em segurança digital já afirmaram que no próximo ano será difícil conter os ataques.

As vendas de smartphones e tablets vêm crescendo em volume de uma maneira exponencial. Isto gera uma visibilidade muito grande para os produtos, que agora passam a demandar ainda mais cuidados por parte de seus proprietários. Mas se você está achando que ainda falta muito para que estas novas pragas comecem a se espalhar, está muito enganado.
Sites chineses afirmam que mais de 1 milhão de celulares foram infectados neste ano e já causaram prejuízos estimados em 300 mil dólares. O vírus, de nome Zombie, ataca os aparelhos criando mensagens automáticas para todos os contatos e enviando SMSs com links para downloads de aplicativos e jogos.

Problemas com certificados



Para que os programas que você possui em seu iPod Touch, iPad ou iPhone serem disponibilizados na loja de aplicativos da Apple, é necessário que eles passem por alguns testes na própria empresa de Steve Jobs. Caso não sejam encontradas irregularidades, eles recebem um certificado e pode ser comercializado sem problemas.

Aumento do número de exemplares


Assim como acontece com os computadores Mac, que deixaram de ser ignorados pelos invasores ao passo em que eram popularizados, os portáteis também deixaram de ser acessórios de luxo. Quanto mais pessoas compram smartphones e tablets, mais os crackers sentem desejo de criar armadilhas para os equipamentos

Campanhas de spam mais trabalhadas



As primeiras campanhas de spam eram totalmente feias, algumas ainda são. Mas o segredo do sucesso de um bom spammer está em sua capacidade de se sofisticar. Pensando nisso, muitos estão tornando suas mensagens maliciosas ainda mais complexas e parecidas com as originais.
Se no começo elas eram resumidas a links, hoje há logomarcas, links falsos disfarçados, robôs para captura de informações que exibem dados confidenciais e muito mais. A tendência é que esse tipo de mensagem fique ainda mais perfeito em 2011, enganando não somente os usuários que acabaram de adquirir seus primeiros smartphones, mas também usuários avançados.

Mais sofisticação nos trojans



Vírus autorreplicadores que apagam informações e arquivos importantes ficaram no passado. Cada dia mais aparente, a sofisticação dos crackers faz com que eles criem mecanismos de roubo de dados que enganam até mesmo os certificados de segurança digital mais complexos disponíveis.
Arquivos como o Zeus, um dos trojans mais perigosos, são capazes de se autoinstalarem em sistemas bancários e criarem regras simples para que cada transação bancária gere alguns centavos para os crackers. Após um dia inteiro, milhões de dólares podem ser desviados sem ninguém perceber.
Como os tablets estão se tornando os novos computadores portáteis, muitos acabam acessando suas contas por eles. Sem as precauções necessárias, estes mesmos usuários acabam sendo transformados em alvos fáceis para os roubos de senhas e dinheiro.

Redes sociais: mais integração significa mais problemas



O Facebook possui 500 milhões de usuários. Até aí, nenhuma novidade. O problema é que são 500 milhões de usuários que possuem contas no Facebook, ligadas às suas contas em outras redes sociais. Esta integração, apesar de ser muito satisfatória para os usuários, acaba sendo bastante nociva para todos.
Para que sua conta do Facebook seja integrada ao Twitter, é necessário que as informações de login sejam cruzadas. Scripts cruzados são mais fáceis de serem capturados e clonados do que outros, o que pode resultar em roubos de informações e cadastros de listas de contatos inteiras em malas diretas de spams e vírus.

Como se proteger?



Esta é uma pergunta que é feita a cada vez que uma nova ameaça surge na internet. O que pode ser feito não é nada diferente das medidas tomadas para proteger os computadores. Ou seja, tomar muito cuidado antes de acessar links desconhecidos, verificar a procedência dos arquivos que estão sendo baixados e não cadastrar seu email em qualquer site são medidas básicas.
Além disso, também é recomendado que aplicativos para smartphones e tablets não sejam baixados de fontes que não sejam oficiais. A centralização dos programas garante, sobretudo, qualidade e segurança para os usuários.

Agora conte para o Baixaki e para os outros usuários se você já foi vítima de ataques em seus portáteis. Aproveite para contar também se você conhece outros modos de infecção e quais as medidas que toma para se proteger dos crackers da web.

Por Renan Roesler Hamann em 3 de Dezembro de 2010.
http://www.baixaki.com.br/

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